Por Luiz Ricardo Emanuelli*
Manutenção: tem gente que só lembra dela quando a impressora quebra e começa a dar prejuízos. Gente que negligencia o fato de que, sem os devidos cuidados, mais cedo ou mais tarde, a máquina vai ter problema. Para evitar isso, nada melhor do que praticar os procedimentos que visam manter o equipamento funcionando corretamente, mesmo que eles demandem tempo, atenção e investimentos — um ônus que, sem dúvida, diminui imprevistos e dores de cabeça.
Muitas dessas manutenções (preventivas ou corretivas), especialmente as de cabeças de impressão, requerem o uso de insumos de limpeza. Basicamente, a função desses materiais é eliminar requícios de tinta das câmeras e dos nozzles (orifícios). Mas cuidado: há diferentes insumos no mercado, confeccionados de acordo com o tipo de cabeça, tipo de tinta e potencial de limpeza. Acompanhe, a seguir, mais detalhes sobre alguns deles. Nos tópicos abaixo, você também encontra informações sobre insumos para acabamento superficial, como vernizes e aceleradores de secagem de tinta.
A manutenção garante melhor desempenho das suas impressoras
Insumos de limpeza
– Solvente de limpeza (cleaner) para cabeças piezoelétricas (tinta à base de solvente)
Trata-se de um glicol originalmente fabricado por indústrias petroquímicas e fornecido às fábricas de tintas digitais. Para se tornar o solvente de limpeza, ele precisa passar pela filtragem — um processo que confere e calibra a qualidade do insumo, para que ele possa fluir pelas câmeras e nozzles (orifícios) das cabeças de impressão.
Uma impressora digital com cabeças piezoelétricas (excetuando-se as Epson Micro PiezoTM) gasta de 10 a 30 litros de solvente por mês — o equivalente a um ¼ da tinta consumida mensalmente.
Esse dispêndio é necessário para a manutenção diária da impressora, que é programada a fazer disparos constantes de tinta, cujo refugo é descartado nos tanques de manutenção. Além do mais, as cabeças, ao fim do expediente de trabalho, são lavadas ou repousam no cleaner — um procedimento que também demanda solvente de limpeza.
As cabeças piezoelétricas devem receber o solvente de limpeza diariamente
– Solvente de limpeza (cleaner) para cabeças Epson Micro PiezoTM*
Insumo utilizado para limpeza em máquinas que usam tintas ecossolvente. Ele também deve receber a filtragem (nas indústrias de tintas) antes de ser vendido aos birôs. É composto de uma mistura de glicóis quase inodora, porém tóxica, que pode prejudicar a saúde do operador se for inalado frequentemente — assim como a própria tinta à base de solvente. Portanto, ele não dispensa o uso de equipamentos de proteção (especialmente máscaras). Para mais informações sobre os riscos envolvidos no uso do insumo, a recomendação é sempre consultar a FISPQ (Ficha de informação de segurança de produtos químicos) relacionada.
A manutenção das cabeças Epson Micro Piezo difere dos procedimentos adotados para outros dispositivos piezoelétricos. Elas utilizam a própria tinta para eliminar os resquícios dos canais e dos nozzles. Portanto, consomem menos solventes de limpeza, algo em torno de um litro por mês. O insumo, na verdade, acaba sendo mais utilizado para a limpeza do capstation e do wiper.
*Nota: “Micro Piezo” é uma marca da Epson, portanto, quando mencionada num texto, deve ser grafada, ao menos uma vez, com a sigla “TM” (sobrescrita). “TM” significa “Trade Mark” (Marca Registrada). O princípio de funcionamento das cabeças Epson Micro Piezo em nada difere de outras cabeças piezo. Elas têm câmeras (de material piezoelétrico), que se deformam ao receber uma descarga elétrica, expelindo a tinta em forma de gotas. Essas cabeças são geralmente empregadas em equipamentos que trabalham com tinta ecossolvente. Além disso, seu sistema de manutenção e limpeza diferem das outras cabeças piezoelétricas disponíveis no mercado.
– Solvente desentupidor (flush) de cabeças
Muito mais agressivo do que os insumos de limpeza (cleaners) já mencionados, o solvente desentupidor tem a finalidade de derreter as impurezas de tinta que restam dentro das cabeças. Por essas características, seu uso frequente e prolongado pode danificar as cabeças. Tem cheiro muito forte e deve ser usado com parcimônia, geralmente em operações de manutenção corretiva.
Quando utilizado, recomenda-se deixá-lo de 20 a 30 minutos nas cabeças. Logo em seguida, deve-se aplicar o solvente (cleaner) e fazer testes de impressão, para verificar a eficácia da limpeza.
A despeito do seu uso menos frequente, ele deve ser mantido próximo às impressoras. Porém, todo cuidado é pouco ao armazená-lo. Esse e outros insumos devem permanecer em local fresco e com temperatura controlada. Ao manipulá-los, mantenha a embalagem fechada, não só para impedir o contato com impurezas, mas também para evitar desperdícios. Outra recomendação é que esse solvente (flush) seja utilizado na presença de um técnico especializado, pois ele é muito agressivo, e pode estragar a cabeça.
Quando as cabeças entupirem, e o cleaner não resolver, é hora de utilizar o solvente desentupidor de limpeza pesada
– Limpador (cleaner) para cabeças (tinta sublimática)
Líquido formado por água, glicóis, tensoativos e aditivos. A água que compõe esse insumo (para manutenção diária das cabeças) deve passar por três processos: destilação (para eliminar impurezas), desionização (para eliminar os minerais) e filtragem (que elimina fungos e bactérias). Observação: a água destilada não pode ser usada para a limpeza das cabeças (com tinta sublimática); ela não é preparada para isso.
– Desentupidor (flush) de cabeças (tinta sublimática)
Assim como o solvente flush, esse insumo confere uma limpeza mais assertiva, para o desentupimento total das cabeças (geralmente da marca Epson, para ejeção de tintas à base d’água). Porém, o insumo de sublimação não é corrosivo. Ele contém mais elementos tensoativos, emulsionados com a água, os quais desobstruem os canais das cabeças.
– Insumo de conversão de tintas (solvente e sublimática)
Indicado para impressoras “flex”, que imprimem tanto com tinta sublimática quanto com insumos à base de solvente. Por exemplo: depois de usar tinta solvente, deve-se limpar as cabeças com o solvente de limpeza (o cleaner, já descrito acima). Em seguida, o impressor aplica o insumo de conversão. Logo após, já é possível abastecer os reservatórios e as cabeças com a tinta sublimática. O processo inverso também é possível: da base de sublimação para a tinta solvente. Esse procedimento assegura a conversão entre as tintas. E ele só é possível porque esse insumo intermediário aceita a mistura dos diferentes fluídos. Recomenda-se, também, que essa laca, por ser um produto absolutamente técnico, seja utilizada na presença de um profissional especializado.
Ao converter a tinta solvente para a sublimática (e vice-versa), aplica-se o insumo específico
Insumos para acabamento superficial
– Laca (coat) para acabamento
Verniz (à base d’água ou de solvente) que pode ser composto por resinas acrílicas ou de PU (Poliuretano). Ele é aplicado sobre o substrato já impresso, para conferir características estéticas, deixando a superfície do material com aspecto brilhante, fosco ou acetinado, por exemplo. A laca também tem a função de proteger o impresso de intempéries, aumentando seu tempo de vida útil. Além disso, ela melhora a adesão da tinta à superfície do material e evita a exsudação do plastificante (da lona). Depois de aplicada, é imprescindível aguardar a secagem total da película de laca. Outro aviso importante: em impressos com tinta à base de solvente, deve-se usar laca à base d’água. Quando é utilizada tinta à base d’água, aplica-se verniz cuja base é o solvente.
O verniz de acabamento superficial protege e realça características estéticas ao impresso
– Solvente para secagem instantânea da tina à base de solvente
Trata-se de um produto vendido com exclusividade pela Gênesis. Basta aplicá-lo sobre o impresso (logo após a secagem ao toque) para que ele fique totalmente seco, podendo ser enrolado e enviado ao cliente. É um insumo muito interessante para quem não tem tempo a perder, esperando pela secagem da tinta. Ele também confere brilho, aumenta a aderência e reforça a resistência do material às intempéries. No entanto, é antiaderente. Isso quer dizer que, sobre ele, não é possível fazer aplicações de lacas e vernizes.
Para quem não pode perder tempo: novidade da Gênesis é feita para acelerar a secagem total do impresso
A Gênesis possui uma linha completa de insumos para limpeza e acabamento
*Luiz Ricardo Emanuelli é editor do InfoSign (infosign.net.br) e técnico especializado em impressão digital e comunicação visualPor Luiz Ricardo Emanuelli*
Manutenção: tem gente que só lembra dela quando a impressora quebra e começa a dar prejuízos. Gente que negligencia o fato de que, sem os devidos cuidados, mais cedo ou mais tarde, a máquina vai ter problema. Para evitar isso, nada melhor do que praticar os procedimentos que visam manter o equipamento funcionando corretamente, mesmo que eles demandem tempo, atenção e investimentos — um ônus que, sem dúvida, diminui imprevistos e dores de cabeça.
Muitas dessas manutenções (preventivas ou corretivas), especialmente as de cabeças de impressão, requerem o uso de insumos de limpeza. Basicamente, a função desses materiais é eliminar requícios de tinta das câmeras e dos nozzles (orifícios). Mas cuidado: há diferentes insumos no mercado, confeccionados de acordo com o tipo de cabeça, tipo de tinta e potencial de limpeza. Acompanhe, a seguir, mais detalhes sobre alguns deles. Nos tópicos abaixo, você também encontra informações sobre insumos para acabamento superficial, como vernizes e aceleradores de secagem de tinta.
A manutenção garante melhor desempenho das suas impressoras
Insumos de limpeza
– Solvente de limpeza (cleaner) para cabeças piezoelétricas (tinta à base de solvente)
Trata-se de um glicol originalmente fabricado por indústrias petroquímicas e fornecido às fábricas de tintas digitais. Para se tornar o solvente de limpeza, ele precisa passar pela filtragem — um processo que confere e calibra a qualidade do insumo, para que ele possa fluir pelas câmeras e nozzles (orifícios) das cabeças de impressão.
Uma impressora digital com cabeças piezoelétricas (excetuando-se as Epson Micro PiezoTM) gasta de 10 a 30 litros de solvente por mês — o equivalente a um ¼ da tinta consumida mensalmente.
Esse dispêndio é necessário para a manutenção diária da impressora, que é programada a fazer disparos constantes de tinta, cujo refugo é descartado nos tanques de manutenção. Além do mais, as cabeças, ao fim do expediente de trabalho, são lavadas ou repousam no cleaner — um procedimento que também demanda solvente de limpeza.
As cabeças piezoelétricas devem receber o solvente de limpeza diariamente
– Solvente de limpeza (cleaner) para cabeças Epson Micro PiezoTM*
Insumo utilizado para limpeza em máquinas que usam tintas ecossolvente. Ele também deve receber a filtragem (nas indústrias de tintas) antes de ser vendido aos birôs. É composto de uma mistura de glicóis quase inodora, porém tóxica, que pode prejudicar a saúde do operador se for inalado frequentemente — assim como a própria tinta à base de solvente. Portanto, ele não dispensa o uso de equipamentos de proteção (especialmente máscaras). Para mais informações sobre os riscos envolvidos no uso do insumo, a recomendação é sempre consultar a FISPQ (Ficha de informação de segurança de produtos químicos) relacionada.
A manutenção das cabeças Epson Micro Piezo difere dos procedimentos adotados para outros dispositivos piezoelétricos. Elas utilizam a própria tinta para eliminar os resquícios dos canais e dos nozzles. Portanto, consomem menos solventes de limpeza, algo em torno de um litro por mês. O insumo, na verdade, acaba sendo mais utilizado para a limpeza do capstation e do wiper.
*Nota: “Micro Piezo” é uma marca da Epson, portanto, quando mencionada num texto, deve ser grafada, ao menos uma vez, com a sigla “TM” (sobrescrita). “TM” significa “Trade Mark” (Marca Registrada). O princípio de funcionamento das cabeças Epson Micro Piezo em nada difere de outras cabeças piezo. Elas têm câmeras (de material piezoelétrico), que se deformam ao receber uma descarga elétrica, expelindo a tinta em forma de gotas. Essas cabeças são geralmente empregadas em equipamentos que trabalham com tinta ecossolvente. Além disso, seu sistema de manutenção e limpeza diferem das outras cabeças piezoelétricas disponíveis no mercado.
– Solvente desentupidor (flush) de cabeças
Muito mais agressivo do que os insumos de limpeza (cleaners) já mencionados, o solvente desentupidor tem a finalidade de derreter as impurezas de tinta que restam dentro das cabeças. Por essas características, seu uso frequente e prolongado pode danificar as cabeças. Tem cheiro muito forte e deve ser usado com parcimônia, geralmente em operações de manutenção corretiva.
Quando utilizado, recomenda-se deixá-lo de 20 a 30 minutos nas cabeças. Logo em seguida, deve-se aplicar o solvente (cleaner) e fazer testes de impressão, para verificar a eficácia da limpeza.
A despeito do seu uso menos frequente, ele deve ser mantido próximo às impressoras. Porém, todo cuidado é pouco ao armazená-lo. Esse e outros insumos devem permanecer em local fresco e com temperatura controlada. Ao manipulá-los, mantenha a embalagem fechada, não só para impedir o contato com impurezas, mas também para evitar desperdícios. Outra recomendação é que esse solvente (flush) seja utilizado na presença de um técnico especializado, pois ele é muito agressivo, e pode estragar a cabeça.
Quando as cabeças entupirem, e o cleaner não resolver, é hora de utilizar o solvente desentupidor de limpeza pesada
– Limpador (cleaner) para cabeças (tinta sublimática)
Líquido formado por água, glicóis, tensoativos e aditivos. A água que compõe esse insumo (para manutenção diária das cabeças) deve passar por três processos: destilação (para eliminar impurezas), desionização (para eliminar os minerais) e filtragem (que elimina fungos e bactérias). Observação: a água destilada não pode ser usada para a limpeza das cabeças (com tinta sublimática); ela não é preparada para isso.
– Desentupidor (flush) de cabeças (tinta sublimática)
Assim como o solvente flush, esse insumo confere uma limpeza mais assertiva, para o desentupimento total das cabeças (geralmente da marca Epson, para ejeção de tintas à base d’água). Porém, o insumo de sublimação não é corrosivo. Ele contém mais elementos tensoativos, emulsionados com a água, os quais desobstruem os canais das cabeças.
– Insumo de conversão de tintas (solvente e sublimática)
Indicado para impressoras “flex”, que imprimem tanto com tinta sublimática quanto com insumos à base de solvente. Por exemplo: depois de usar tinta solvente, deve-se limpar as cabeças com o solvente de limpeza (o cleaner, já descrito acima). Em seguida, o impressor aplica o insumo de conversão. Logo após, já é possível abastecer os reservatórios e as cabeças com a tinta sublimática. O processo inverso também é possível: da base de sublimação para a tinta solvente. Esse procedimento assegura a conversão entre as tintas. E ele só é possível porque esse insumo intermediário aceita a mistura dos diferentes fluídos. Recomenda-se, também, que essa laca, por ser um produto absolutamente técnico, seja utilizada na presença de um profissional especializado.
Ao converter a tinta solvente para a sublimática (e vice-versa), aplica-se o insumo específico
Insumos para acabamento superficial
– Laca (coat) para acabamento
Verniz (à base d’água ou de solvente) que pode ser composto por resinas acrílicas ou de PU (Poliuretano). Ele é aplicado sobre o substrato já impresso, para conferir características estéticas, deixando a superfície do material com aspecto brilhante, fosco ou acetinado, por exemplo. A laca também tem a função de proteger o impresso de intempéries, aumentando seu tempo de vida útil. Além disso, ela melhora a adesão da tinta à superfície do material e evita a exsudação do plastificante (da lona). Depois de aplicada, é imprescindível aguardar a secagem total da película de laca. Outro aviso importante: em impressos com tinta à base de solvente, deve-se usar laca à base d’água. Quando é utilizada tinta à base d’água, aplica-se verniz cuja base é o solvente.
O verniz de acabamento superficial protege e realça características estéticas ao impresso
– Solvente para secagem instantânea da tina à base de solvente
Trata-se de um produto vendido com exclusividade pela Gênesis. Basta aplicá-lo sobre o impresso (logo após a secagem ao toque) para que ele fique totalmente seco, podendo ser enrolado e enviado ao cliente. É um insumo muito interessante para quem não tem tempo a perder, esperando pela secagem da tinta. Ele também confere brilho, aumenta a aderência e reforça a resistência do material às intempéries. No entanto, é antiaderente. Isso quer dizer que, sobre ele, não é possível fazer aplicações de lacas e vernizes.
Para quem não pode perder tempo: novidade da Gênesis é feita para acelerar a secagem total do impresso
A Gênesis possui uma linha completa de insumos para limpeza e acabamento
*Luiz Ricardo Emanuelli é editor do InfoSign (infosign.net.br) e técnico especializado em impressão digital e comunicação visual