10/10/2012

Produção de tintas digitais à base de solvente – Parte 3

Artigos Técnicos

Características das tintas digitais à base de solvente
Por Luiz Ricardo Emanuelli*


 
Depois de impressa, a tinta à base de solvente geralmente é submetida a condições extremas, portanto, deve ter alta resistência.

[mks_dropcap style=”square” size=”52″ bg_color=”#ee0000″ txt_color=”#ffffff”]N[/mks_dropcap]as partes um e dois desse artigo técnico, mostramos as matérias-primas e os processos produtivos das tintas digitais à base de solvente. Vimos que a escolha dos elementos que as compõem é feita de acordo com os substratos que serão impressos. Além disso, Josmar Ballesta, do desenvolvimento da linha digital na Gênesis, explica: “Os processos de fabricação criam tintas de acordo com as especificações das cabeças de impressão inkjet”. Pois, então, quais são essas características? Veja algumas delas nos tópicos a seguir:

*Ancoragem: trata-se da aderência do fluido sobre a superfície onde foi impressa. A tinta solvente contém resinas vinílicas, assim como as lonas e os vinis. Como eles são do mesmo material (o PVC), há uma boa relação entre eles, o que promove a ancoragem. O solvente também tem participação nessa equação. Ele ataca e provoca microcorrosões na superfície do material, por onde a tinta penetra. Ao fim do processo, o solvente evapora, deixando a mistura de pigmentos e resinas nessas cavidades do substrato. Para testar o esforço necessário para remover a tinta, usa-se uma fita adesiva sobre a película de tinta.

*Condutividade: as tintas precisam ser apolares; não podem conduzir eletricidade. Como ficam alojadas nas câmeras piezoelétricas das cabeças, que recebem descargas elétricas, as tintas devem ser eletricamente neutras, para que não sofram deformação ao fluírem pelo sistema de impressão.

*Cor: os pigmentos conferem cor à tinta. Entre as qualidades colorimétricas, estão o poder de cobertura e a intensidade da cor. A primeira é a capacidade da película impressa em cobrir a superfície do substrato. Já a segunda, conhecida como força tintorial, é a facilidade com que um pigmento mantém sua cor quando misturado a outros pigmentos.

*Micronização: como visto nos artigos anteriores dessa série, o tamanho das partículas da tinta deve estar abaixo de 0,5 mícron. Se elas não estiverem no formato adequado (ou seja, se forem grandes demais), elas não fluirão pelas cabeças de impressão, entupindo os nozzles e prejudicando a produção dos impressos.

*Resistências: quem trabalha com impressão digital solvente sabe muito bem da importância que tem a resistência da tinta. Isso por que os materiais ficam muitos expostos, principalmente em aplicações externas (outdoor). Luz do sol, vento, chuva, vandalismo, temperaturas elevados (ou baixas demais). Tudo isso afeta a qualidade do impresso. Portanto, quanto mais resistente, melhor. E há meios para testar se a tinta suporta bem a tantos elementos nocivos. Veja abaixo:

– Riscos: uma das maneiras, nem tão técnica assim, de checar a resistência a riscos é esfregando a unha no impresso, com uma ligeira pressão. Falhas vão surgir se a película de tinta não estiver adequadamente curada ou se o insumo for de baixa qualidade;

– Fricção: consiste em esfregar a superfície impressa e curada com ou­tro substrato. Depois, verifica-se a degradação na superfície impressa.

– Luz: a melhor maneira de testar a resistência à luz (aos raios UV) é expor o impresso às condições a que ele será submetido. Porém, como isso é inviável, a indústria usa procedimentos que simulam tais situações, como a utilização de lâmpadas de xenon. A constituição química do pigmento é o que vai conferir a resistência da tinta à luz. Mas não só, a concentração, o tamanho e a distribuição dos pigmentos têm influência nessa variável.

– Intempéries: há testes que usam máquinas que submetem o material a ciclos molhados intercalados a ciclos de secos. Há outros procedimentos que avaliam a resistência da tinta a intempéries, que são: sal do mar, gases residuais de áreas industriais, baixa ou alta umidade, entre outras.

– Temperatura: para avaliar essa característica, amostras dela (já impressa) são submetidas a testes que variam intervalos de temperatura. Em seguida, compara-se a diferença de cor entre as amostras testadas e um padrão (que foi processado à temperatura mínima). Com o calor, os pigmentos podem escurecer.

*Tensão superficial: grau de energia com o qual as moléculas de um líquido unem-se umas às outras. A unidade de medida para a tensão superficial é a dina por centímetro (din/cm). Essa característica da tinta influencia diretamente a adesão ao substrato. Também define a morfologia da gota do insumo e, consequentemente, o formato (e dimensão) do ponto impresso. Em tempo: para promover a correta adesão, é necessário haver tensões superficiais compatíveis entre a tinta e o substrato.

*Viscosidade: a fluidez da tinta. Se ela tiver uma viscosidade abaixo ou acima da ideal, as cabeças de impressão não vão disparar corretamente o fluido. Essa característica é medida por meio de viscosímetros. Entre eles, está o copo Ford 1 ou 2, que contém um orifício de dimensão padronizada, pelo qual escorre a tinta. Quanto mais viscoso o fluido, mais tempo leva para ele ser escoado, e vice-versa.

Gostou dessa série de artigos sobre fabricação de fabricação de tintas digitais à base de solvente? Então aguarde: a Gênesis está preparando mais textos especiais para você.

*Luiz Ricardo Emanuelli é editor do InfoSign (infosign.net.br) e técnico especializado em impressão digital e comunicação visual

Quer ler o artigo completo?

Leia aqui o artigo “Produção de tintas digitais à base de solvente – Parte 1”
Leia aqui o artigo “Produção de tintas digitais à base de solvente – Parte 2”Características das tintas digitais à base de solvente
Por Luiz Ricardo Emanuelli*


 
Depois de impressa, a tinta à base de solvente geralmente é submetida a condições extremas, portanto, deve ter alta resistência.

[mks_dropcap style=”square” size=”52″ bg_color=”#ee0000″ txt_color=”#ffffff”]N[/mks_dropcap]as partes um e dois desse artigo técnico, mostramos as matérias-primas e os processos produtivos das tintas digitais à base de solvente. Vimos que a escolha dos elementos que as compõem é feita de acordo com os substratos que serão impressos. Além disso, Josmar Ballesta, do desenvolvimento da linha digital na Gênesis, explica: “Os processos de fabricação criam tintas de acordo com as especificações das cabeças de impressão inkjet”. Pois, então, quais são essas características? Veja algumas delas nos tópicos a seguir:

*Ancoragem: trata-se da aderência do fluido sobre a superfície onde foi impressa. A tinta solvente contém resinas vinílicas, assim como as lonas e os vinis. Como eles são do mesmo material (o PVC), há uma boa relação entre eles, o que promove a ancoragem. O solvente também tem participação nessa equação. Ele ataca e provoca microcorrosões na superfície do material, por onde a tinta penetra. Ao fim do processo, o solvente evapora, deixando a mistura de pigmentos e resinas nessas cavidades do substrato. Para testar o esforço necessário para remover a tinta, usa-se uma fita adesiva sobre a película de tinta.

*Condutividade: as tintas precisam ser apolares; não podem conduzir eletricidade. Como ficam alojadas nas câmeras piezoelétricas das cabeças, que recebem descargas elétricas, as tintas devem ser eletricamente neutras, para que não sofram deformação ao fluírem pelo sistema de impressão.

*Cor: os pigmentos conferem cor à tinta. Entre as qualidades colorimétricas, estão o poder de cobertura e a intensidade da cor. A primeira é a capacidade da película impressa em cobrir a superfície do substrato. Já a segunda, conhecida como força tintorial, é a facilidade com que um pigmento mantém sua cor quando misturado a outros pigmentos.

*Micronização: como visto nos artigos anteriores dessa série, o tamanho das partículas da tinta deve estar abaixo de 0,5 mícron. Se elas não estiverem no formato adequado (ou seja, se forem grandes demais), elas não fluirão pelas cabeças de impressão, entupindo os nozzles e prejudicando a produção dos impressos.

*Resistências: quem trabalha com impressão digital solvente sabe muito bem da importância que tem a resistência da tinta. Isso por que os materiais ficam muitos expostos, principalmente em aplicações externas (outdoor). Luz do sol, vento, chuva, vandalismo, temperaturas elevados (ou baixas demais). Tudo isso afeta a qualidade do impresso. Portanto, quanto mais resistente, melhor. E há meios para testar se a tinta suporta bem a tantos elementos nocivos. Veja abaixo:

– Riscos: uma das maneiras, nem tão técnica assim, de checar a resistência a riscos é esfregando a unha no impresso, com uma ligeira pressão. Falhas vão surgir se a película de tinta não estiver adequadamente curada ou se o insumo for de baixa qualidade;

– Fricção: consiste em esfregar a superfície impressa e curada com ou­tro substrato. Depois, verifica-se a degradação na superfície impressa.

– Luz: a melhor maneira de testar a resistência à luz (aos raios UV) é expor o impresso às condições a que ele será submetido. Porém, como isso é inviável, a indústria usa procedimentos que simulam tais situações, como a utilização de lâmpadas de xenon. A constituição química do pigmento é o que vai conferir a resistência da tinta à luz. Mas não só, a concentração, o tamanho e a distribuição dos pigmentos têm influência nessa variável.

– Intempéries: há testes que usam máquinas que submetem o material a ciclos molhados intercalados a ciclos de secos. Há outros procedimentos que avaliam a resistência da tinta a intempéries, que são: sal do mar, gases residuais de áreas industriais, baixa ou alta umidade, entre outras.

– Temperatura: para avaliar essa característica, amostras dela (já impressa) são submetidas a testes que variam intervalos de temperatura. Em seguida, compara-se a diferença de cor entre as amostras testadas e um padrão (que foi processado à temperatura mínima). Com o calor, os pigmentos podem escurecer.

*Tensão superficial: grau de energia com o qual as moléculas de um líquido unem-se umas às outras. A unidade de medida para a tensão superficial é a dina por centímetro (din/cm). Essa característica da tinta influencia diretamente a adesão ao substrato. Também define a morfologia da gota do insumo e, consequentemente, o formato (e dimensão) do ponto impresso. Em tempo: para promover a correta adesão, é necessário haver tensões superficiais compatíveis entre a tinta e o substrato.

*Viscosidade: a fluidez da tinta. Se ela tiver uma viscosidade abaixo ou acima da ideal, as cabeças de impressão não vão disparar corretamente o fluido. Essa característica é medida por meio de viscosímetros. Entre eles, está o copo Ford 1 ou 2, que contém um orifício de dimensão padronizada, pelo qual escorre a tinta. Quanto mais viscoso o fluido, mais tempo leva para ele ser escoado, e vice-versa.

Gostou dessa série de artigos sobre fabricação de fabricação de tintas digitais à base de solvente? Então aguarde: a Gênesis está preparando mais textos especiais para você.

*Luiz Ricardo Emanuelli é editor do InfoSign (infosign.net.br) e técnico especializado em impressão digital e comunicação visual

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Leia aqui o artigo “Produção de tintas digitais à base de solvente – Parte 1”
Leia aqui o artigo “Produção de tintas digitais à base de solvente – Parte 2”

Publicado por Gênesis
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