03/10/2012

Produção de tintas digitais à base de solvente – Parte 2

Artigos Técnicos

Componentes das tintas digitais à base de solvente
Por Luiz Ricardo Emanuelli*


 
O pigmento confere cor à tinta. Já a resina é a base do fluído.

Em sua formulação, a tinta leva quatro ingredientes: resina, pigmento, solvente e aditivos. A porcentagem de cada um varia de acordo com o tipo de tinta produzida. Josmar Ballesta, do desenvolvimento da linha digital na Gênesis, explica: “Os insumos para cabeças de impressão de 42 picolitros (pL) diferem das tintas para dispositivos de 3,5 pL”.

Cada ingrediente da tinta tem uma finalidade. Veja abaixo mais detalhes:

*Solvente: substância líquida, derivada de petróleo, que dissolve outras substâncias, principalmente as resinas. Essa característica é o poder de solvência. Além disso, o solvente faz o transporte desses elementos da tinta. Ou seja, ele desempenha a função do veículo que carrega pigmentos e resinas: das cabeças de impressão para os substratos.

Depois de a tinta ter atingido a superfície do material, é preciso eliminar o solvente restante. Para tanto, são usados os ventiladores e aquecedores embutidos nas impressoras digitais. Eles geram o calor que evapora o solvente. Nesse processo, o ar fica saturado de substâncias tóxicas. E a exaustão dele é necessária, para não prejudicar a saúde dos operadores das impressoras.

Há solventes que evaporam mais rápido. O álcool de limpeza, por exemplo, seca antes do solvente usado na tinta digital. Essas substâncias, portanto, têm velocidades diferentes de volatilidade. Em razão disso, podem ser classificadas como leves (mais rápidas), médias ou pesadas (mais lentas). Os solventes das tintas digitais são pesados; demoram a volatilizar. Caso contrário, as tintas secariam dentro das cabeças de impressão, entupindo-as. Além de pesados, os solventes das tintas digitais devem ser incolores, estáveis (quimicamente) e, quando possível, inodoros.

*Resina: polímero que forma a base da tinta e responde pela adesão dos pigmentos ao substrato. Ela deve ter brilho, flexibilidade e resistência a riscos, abrasão e determinados produtos químicos.

As resinas classificam-se em naturais e sintéticas. Dentro desse último grupo, estão as vinílicas, que são empregadas nas tintas digitais à base de solvente. Para sintetizar a resina, a indústria usa processos de polimerização, que provocam reações químicas entre determinadas substâncias, por meio de calor e catalisadores.

A resina é vendida em forma de grãos, que serão misturados, no processo de dispersão, a solventes e demais elementos da tinta. Essa mistura dissolve a resina, tornando-a um verniz que encapsula os pigmentos.

*Aditivos: componentes químicos variados que conferem propriedades específicas às tintas. A função deles é melhorar ou corrigir os insumos. Eles regulam, por exemplo, a viscosidade e a tensão superficial. Devem ser utilizados na medida correta. Senão, causam efeitos nocivos. Entre os aditivos, encontra-se o agente dispersante, um composto cuja função é melhorar a dispersão dos pigmentos e aditivos. Há, também, os promotores de aderência, que otimizam a aderência da camada de tinta impressa.

Um dos aditivos mais empregados nas tintas digitais é o surfactante. Ele é acrescentado à formulação para reduzir a tensão superficial dos líquidos. Quando a tinta está com tensão muito alta, ela tende a formar gotas maiores e, consequentemente, pontos maiores. Por outro lado, tensões muito baixas tendem a produzir gotas e pontos menores.

*Pigmentos: estruturas cristalinas (sólidas) que conferem cor à tinta. Elas devem possuir características como resistência a luz (radiação UV) e temperatura. Podem ser agrupadas de acordo com as seguintes características:

– Cor: branco, preto, colorido ou metálico;
– Estrutura química: orgânico ou inorgânico;
– Processo de confecção: natural ou sintético;
– Aparência visual: opaco ou transparentes.

Os pigmentos utilizados para a composição das tintas digitais à base de solvente são orgânicos, naturais, transparentes e coloridos. A principal paleta é a quadricromia, CMYK, para a qual são empregados os seguintes pigmentos:

– Ciano: Azul Ftalocianina;
– Magenta: Vermelho Quinacridone;
– Amarelo: Amarelo Diazoico;
– Preto: Carbon Black.

Eles podem ser adquiridos em três formas distintas, pela indústria de tintas:

– Seco: pó muito fino, para fabricação de tintas líquidas ou pastosas;
– Flush: pasta concentrada e oleosa, para a confecção de tinta pastosa;
– Chip: pastilha, para manufatura de tintas líquidas.

Se você leu as duas primeiras seções desse artigo sobre fabricação de tintas digitais, não deixe de acompanhar, na próxima semana, a última parte dele.

*Luiz Ricardo Emanuelli é editor do InfoSign (infosign.net.br) e técnico especializado em impressão digital e comunicação visual

Quer ler o artigo completo?

Leia aqui o artigo “Produção de tintas digitais à base de solvente – Parte 1″
Leia aqui o artigo “Produção de tintas digitais à base de solvente – Parte 3″Componentes das tintas digitais à base de solvente
Por Luiz Ricardo Emanuelli*


 
O pigmento confere cor à tinta. Já a resina é a base do fluído.

Em sua formulação, a tinta leva quatro ingredientes: resina, pigmento, solvente e aditivos. A porcentagem de cada um varia de acordo com o tipo de tinta produzida. Josmar Ballesta, do desenvolvimento da linha digital na Gênesis, explica: “Os insumos para cabeças de impressão de 42 picolitros (pL) diferem das tintas para dispositivos de 3,5 pL”.

Cada ingrediente da tinta tem uma finalidade. Veja abaixo mais detalhes:

*Solvente: substância líquida, derivada de petróleo, que dissolve outras substâncias, principalmente as resinas. Essa característica é o poder de solvência. Além disso, o solvente faz o transporte desses elementos da tinta. Ou seja, ele desempenha a função do veículo que carrega pigmentos e resinas: das cabeças de impressão para os substratos.

Depois de a tinta ter atingido a superfície do material, é preciso eliminar o solvente restante. Para tanto, são usados os ventiladores e aquecedores embutidos nas impressoras digitais. Eles geram o calor que evapora o solvente. Nesse processo, o ar fica saturado de substâncias tóxicas. E a exaustão dele é necessária, para não prejudicar a saúde dos operadores das impressoras.

Há solventes que evaporam mais rápido. O álcool de limpeza, por exemplo, seca antes do solvente usado na tinta digital. Essas substâncias, portanto, têm velocidades diferentes de volatilidade. Em razão disso, podem ser classificadas como leves (mais rápidas), médias ou pesadas (mais lentas). Os solventes das tintas digitais são pesados; demoram a volatilizar. Caso contrário, as tintas secariam dentro das cabeças de impressão, entupindo-as. Além de pesados, os solventes das tintas digitais devem ser incolores, estáveis (quimicamente) e, quando possível, inodoros.

*Resina: polímero que forma a base da tinta e responde pela adesão dos pigmentos ao substrato. Ela deve ter brilho, flexibilidade e resistência a riscos, abrasão e determinados produtos químicos.

As resinas classificam-se em naturais e sintéticas. Dentro desse último grupo, estão as vinílicas, que são empregadas nas tintas digitais à base de solvente. Para sintetizar a resina, a indústria usa processos de polimerização, que provocam reações químicas entre determinadas substâncias, por meio de calor e catalisadores.

A resina é vendida em forma de grãos, que serão misturados, no processo de dispersão, a solventes e demais elementos da tinta. Essa mistura dissolve a resina, tornando-a um verniz que encapsula os pigmentos.

*Aditivos: componentes químicos variados que conferem propriedades específicas às tintas. A função deles é melhorar ou corrigir os insumos. Eles regulam, por exemplo, a viscosidade e a tensão superficial. Devem ser utilizados na medida correta. Senão, causam efeitos nocivos. Entre os aditivos, encontra-se o agente dispersante, um composto cuja função é melhorar a dispersão dos pigmentos e aditivos. Há, também, os promotores de aderência, que otimizam a aderência da camada de tinta impressa.

Um dos aditivos mais empregados nas tintas digitais é o surfactante. Ele é acrescentado à formulação para reduzir a tensão superficial dos líquidos. Quando a tinta está com tensão muito alta, ela tende a formar gotas maiores e, consequentemente, pontos maiores. Por outro lado, tensões muito baixas tendem a produzir gotas e pontos menores.

*Pigmentos: estruturas cristalinas (sólidas) que conferem cor à tinta. Elas devem possuir características como resistência a luz (radiação UV) e temperatura. Podem ser agrupadas de acordo com as seguintes características:

– Cor: branco, preto, colorido ou metálico;
– Estrutura química: orgânico ou inorgânico;
– Processo de confecção: natural ou sintético;
– Aparência visual: opaco ou transparentes.

Os pigmentos utilizados para a composição das tintas digitais à base de solvente são orgânicos, naturais, transparentes e coloridos. A principal paleta é a quadricromia, CMYK, para a qual são empregados os seguintes pigmentos:

– Ciano: Azul Ftalocianina;
– Magenta: Vermelho Quinacridone;
– Amarelo: Amarelo Diazoico;
– Preto: Carbon Black.

Eles podem ser adquiridos em três formas distintas, pela indústria de tintas:

– Seco: pó muito fino, para fabricação de tintas líquidas ou pastosas;
– Flush: pasta concentrada e oleosa, para a confecção de tinta pastosa;
– Chip: pastilha, para manufatura de tintas líquidas.

Se você leu as duas primeiras seções desse artigo sobre fabricação de tintas digitais, não deixe de acompanhar, na próxima semana, a última parte dele.

*Luiz Ricardo Emanuelli é editor do InfoSign (infosign.net.br) e técnico especializado em impressão digital e comunicação visual

Quer ler o artigo completo?

Leia aqui o artigo “Produção de tintas digitais à base de solvente – Parte 1″
Leia aqui o artigo “Produção de tintas digitais à base de solvente – Parte 3″

Publicado por Gênesis
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